domingo, 13 de fevereiro de 2011

Ameaçando reprovação e nota dez só para Deus.

Este artigo foi publicado no portal UIPI - coluna Professor nota dez/zero

Hoje quero dar nota zero a todo professor que em seu discurso de primeiro dia de aula já ameaçou os alunos de serem reprovados e já afirmou que prestassem muita atenção em tudo que ele falasse, pois costuma dar muitos zeros e dez só para Deus.
Como pode ter a pretensão de ser professor de Deus e ainda por cima submetê-Lo a uma prova?
Oras professor, no lugar de estar anunciando que vai colocar Deus à prova, deveria estar é preocupado do como vai prestar contas a Deus por centenas de cérebros que o senhor auxilia a desperdiçar nos bancos escolares.
Deveria também professor, estar preocupado como será que o senhor deve fazer com CADA UM de seus alunos para que eles consigam assimilar 100% do que o senhor se propõe a transmitir-lhes. Ou será que o senhor apenas planeja transmitir um pouquinho do mínimo necessário?


Lembro-me que há certos professores que gostam de ameaçar principalmente aqueles alunos repetentes. 

Estava eu escolhendo entre as inúmeras denúncias que tenho recebido, qual seria o assunto do NOTA ZERO  desta semana, quando recebo um telefonema de uma mãe desesperada porque seu filho, aluno repetente da rede estadual, não quer mais ir à escola uma vez que sua professora de matemática garantiu, ontem na primeira aula do ano, que ninguém com ela tira dez e que é muito difícil um repetente passar de ano.

NOTA ZERO para professores que ameaçam, uma vez que isto chega a ter até um certo requinte de maldade e sadismo.  

NOTA ZERO para a prática da ameaça e descrença.

NOTA ZERO para o desafio inatingível.

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segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

As universidades também têm nota zero

Outro dia escrevi um artigo sobre o ENEM recordando que quando criança ganhara um concurso literário com uma poesia composta de duas linhas e quatorze palavras.
Este fato estimulou uma leitora a enviar-me um e-mail relatando uma experiência sua com uma professora nota zero na Universidade Federal de Uberlândia – UFU –
Conta-me, a leitora, que uma determinada professora solicitou, para fins avaliativos, que cada aluno individualmente apresentasse cenicamente uma poesia para os colegas.   
Chegando sua vez, a aluna teatralizou um poema de Carlos Drumond de Andrade composto de três linhas e oito palavras, incluindo-se entre elas dois artigos definidos e uma conjunção:

COTA ZERO
STOP
A VIDA PAROU...
OU FOI O AUTOMÓVEL?
A professora raivosa, tomou a atitude como uma afronta pessoal e “aos gritos” deu o prazo de 7 dias para a aluna apresentar outro texto.
Talvez para ela Drumond não era poeta...ou “Cota Zero” não era peça literária...ou na verdade ela desejaria era que os alunos memorizassem infindáveis estribilhos...
Não sei o motivo, todos acima são conjunturas, pois a mim eles não foram relatados. Apenas a aluna contou que a professora marcou dia e hora para a última chance da universitária.
Chegada a hora da derradeira audição a aluna repetiu Drumond e a professora reage de uma forma inusitada:
“Ela me agarrou pelos braços e foi me arrastando pelo corredor da faculdade dizendo que me levaria para a coordenadora do curso pelo afronto à pessoa dela.
Até que eu caí na real e dei-lhe um solavanco dizendo para ela sim, me respeitar e respeitar o que Drumond escreveu. Disse-lhe também que eu não poderia pagar pelo que Drumond escrevera. Que ela, como professora, poderia me avaliar com nota baixa, mas jamais dizer que não cumpri o proposto ou que não obedecera o critério imposto uma vez que o mesmo fora o de teatralizar um poema”.
Os argumentos da universitária serviram apenas para livrá-la da sala da coordenação, pois ao ter sua nota publicada verificou que recebera um zero. Como tal nota não prejudicava a aprovação da aluna no curso, esta resolveu deixar para lá.  

No entanto hoje aqui nesta coluna registramos a nota zero a esta professora universitária.
NOTA ZERO por ser uma professora que não definiu previamente os critérios de exigências na apresentação de um trabalho.
NOTA ZERO por ter usado de sua força autoritária sobre a aluna.
NOTA ZERO por ter levado uma relação profissional para o pessoal-emotivo.
NOTA ZERO por desprezar a criatividade da aluna e de Drumond.
Você consegue imaginar um diálogo entre esta professora NOTA ZERO e Drumond?
Imagine-a sentada neste banco ao lado do poetinha que quebrou paradigmas.



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