segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

NOTA ZERO A QUEM DÁ LIMPEZA COMO CASTIGO VAMOS INSTITUIR COMITÊS DE RESPONSABILIDADE.


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Vamos aprender com a Ponte.

Sou educadora que defende a educação pela consciência, pela participação, pela partilha, pela convivência, pela  sabedoria de que o meu direito termina quando começa o direito do outro.

Para que tudo acima citado seja introjetado positivamente no cotidiano do indivíduo é necessário que este tenha não só possibilidades de construir e conquistar sua independência como também ter oportunidades de exercer  seus direitos e deveres.

Quando digo que a Escola da Ponte é um exemplo para Brasil, Portugal e educadores do século XXI seguirem me refiro ao fato de ter ido visitar escolas públicas de educação fundamental em Portugal onde os alunos de mau comportamento são condenados a limpar o pátio.

Este é um exemplo de educação pelo castigo e humilhação.


 A pessoa humilhada pode desenvolver um sistema de NÂO SENTIR ou NÂO PENSAR e afasta a mudança comportamental.

 É preciso envolver o aluno de maneira que ele escolha obedecer e não obedeça pelo medo ou para agradar.

Pátio é lugar de não sujar e se sujo for, deve-se ter uma comissão DE ALUNOS para limpá-lo apenas para que todos desfrutem de um pátio limpo; apenas porque é necessário haver alguém que o limpe e não para castigar ou humilhar alguém pois não há nada de humilhante ou castigador em efetuar limpezas.

Quando se institui o castigo de limpar o pátio para aqueles que têm mau comportamento em sala de aula, estamos provocando várias conseqüências, provavelmente na contramão da autonomia,  no grupo social.

Vou citá-las enumerando-as com letras, pois não há uma primeira e uma última e muito menos uma mais grave e outra menos grave e necessariamente nem todas acontecem com todos: 

                a)Mandar os maus comportados limpar o pátio é um castigo que não é por reciprocidade, isto quer dizer, não há uma conseqüência lógica entre causa e efeito. Não foi quem sujou que tem a limpar e sim quem se comporta mal.
              
                b) Mandar os maus comportados limpar o pátio é um castigo que possibilita ao que se comporta mal em sala de aula apenas aprende a se comportar mal com mais malícia ou malandragem de maneira a não se deixar ser flagrado, pois se assim o for irá receber um castigo de limpar a sujeira dos outros.

                c)Se instala no grupo social o preconceito de que fazer a limpeza é um castigo que merece as pessoas más enquanto na realidade limpar a sujeira é um ato de higiene necessário em todas as atividades humanas. 

                d)Desvincula o grupo que suja da obrigação de manter limpo seu lugar de lazer ou meio ambiente estimulando a irresponsabilidade. 

                e)Estimula o grupo que suja a sujar mais pois assim aqueles que lhe atrapalham as aulas serão também atrapalhados por eles. Estimula a vingança e a provocação.

                f)Os alunos condenados a limpar, o farão apenas e somente sobre o efeito da autoridade e do medo de um castigo maior e não sentem prazer em fazê-lo. Tratando-se de ambiente educador a atividade de limpar seu ambiente deve ser prazerosa uma vez que higiene é saúde e saúde é vida e preservar a vida é importante. 

Por estas e por outras razões NOTA ZERO A QUEM DÁ LIMPEZA COMO CASTIGO E NOTA DEZ para quem, como a ESCOLA DA PONTE, institui comitês de responsabilidade da limpeza que organiza campanhas de limpeza,  controla as peças dos jogos entre outras atividades.

Na Escola da Ponte os alunos escolhem participar de alguma comissão de responsabilidade onde ele se envolve na conservação do lugar e planejamento das atividades.

NOTA ZERO A QUEM EDUCA PELO CASTIGO SEM RECIPROCIDADE.

NOTA DEZ PARA A ESCOLA DA PONTE QUE CASTIGA POR RECIPROCIDADE AQUELE QUE SE ATRASA. Se um aluno na Ponte chega atrasado a alguma atividade, permanece aquele exato período de tempo que se atrasou, sem ir ao pátio ou ao intervalo, para se ocupar dos estudos no período em que se furtou deles por atraso.  Isto é reciprocidade.

  Na Escola da Ponte, o ir e vir com liberdade de escolha é uma prática do respeito e da responsabilidade que cada aluno vivencia na construção de um ambiente organizado. 

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Nota zero para professores que colocam alunos para fora da sala de aula

Este artigo foi publicado no site www.uipi/professornotazero- nota dez
e no blog: http://www.elypaschoalickeosprofessores.blogspot.com/

Elypaschoalick condena a prática disciplinar de colocar alunos para fora da sala e dá nota zero aos professores que assim agem.

Sempre em minhas palestras alerto os profissionais da educação o quanto é exclusiva a prática de colocar aluno para fora da sala de aula por problemas de comportamento.
Vários são os motivos para condenar esta prática e vou listar alguns deles abaixo:
1: Não resolve o problema do aluno.
2: O aluno se revolta e não se propõe a mudanças comportamentais.
3: Afasta emocionalmente o aluno do professor.
4: Aproxima dos colegas o aluno vítima evidenciando o mau comportamento como algo merecedor de admiração.
5: Quase sempre é um ato de injustiça pois o professor acaba praticando-o quando sua tolerância foi ao limite. Porisso que gera sempre um aluno dizendo uma destas frases:
     “Não fui só eu!”; “O professor pegou no meu pé!”; “Isto é perseguição pois todo mundo estava do mesmo jeito e ele só botou eu para fora”.  
Colocar alunos para fora da sala de aula é andar na contra-mão da inclusão escolar.
Você pode estar perguntando: mas se não surte efeito porque é tão utilizada?
A resposta é simples: A tecnica oferece uma sensação de poder e alívio ao professor que pensa estar resolvendo o problema do aluno mas na verdade está apenas dando uma tregua para o seu próprio problema de inabilidade como professor.
NOTA ZERO para professores que colocam alunos para fora da sala de aula.
NOTA ZERO para escolas que permitem esta prática.

domingo, 13 de março de 2011

Normas da ABNT para professores nota zero.

Este artigo foi publicado no site http://www.uipi.com/ coluna Professor nota zero

Lembro-me de uma discussão com uma professora quando cursava a faculdade de filosofia.

Ela chegava aos sábados para seu horário de aula dupla, ligava o retroprojetor, colocava a sala na penumbra e projetava infindáveis lâminas digitadas em tipos tamanho 12, sem margens.

Depois, com voz monótona lia tudo que estava sendo projetado.



Acompanhava a leitura descendo uma régua que permitia que ela não perdesse tempo procurando em que linha estava.

No dia da discussão, cutuquei a onça com vara curta perguntando-lhe na aula:

_Professora existem normas da ABNT para lâminas de professores ou só para trabalhos de alunos?

Pronto, estava detonada a 3ª guerra mundial.

A temida Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) era um pesadelo a todos os alunos. Havia até aqueles que faturavam uma graninha para o lanche formatando os trabalhos dos colegas dentro das normas da ABNT.

Aquela professora era uma grande conhecedora de sua matéria e uma pesquisadora com rigor científico. Eu admirava muito seu conhecimento e muitas vezes me beneficiei com seus comentários objetivos e pertinentes que enriqueciam meus projetos.

Mas no tocante a repassar conhecimento aquela professora era nota zero.



Percebia-se claramente que ela, sendo auditiva, acreditava que para todos nós bastava ouvir para aprender. Ledo engano!


Há, segundo a neurolinguística,  pessoas com percepções auditivas, outras visuais e outras ainda cinestésicas.



Para os auditivos sim, é relevante ouvir as explicações para conhecer e refletir sobre o que está ouvindo, mas para os visuais o importante é ver e para os cinestésicos é primordial que ele receba estímulos do movimento ou seja do fazer ou imaginar fazendo.



Acontece que sou visual e para nós visuais, as lâminas daquela professora, apenas com escritos e sem uma formatação com margens e grifos constituíam uma quase que agressão e contavamos com angústia os segundos que faltavam para o término da aula castigo.

Ivone Boechat em seu artigo: “Ensinar é aprender, não é transmitir conhecimentos” afirma:


 O professor, como agente de comunicação, transformou-se num dos mais pobres recursos e dos mais ricos. Quando se imagina dono da verdade, rei do currículo, imperador do pedaço, mendiga e se frustra. Quando se apresenta cheio de humildade, de compreensão e vontade de aprender, resplandece e brilha!

NOTA ZERO por colocar a sala na penunbra.

NOTA ZERO por acreditar que o conteúdo tem mais peso do que a transmissão do mesmo.

NOTA ZERO por defender uma posição de que basta ouvir para aprender.

NOTA ZERO para professores que lêem suas aulas.

Seria muito bom sim, que os professores pudessem conhecer as diretrizes orientadas pela ABNT para que os treinamentos sejam feitos com êxito.

Aguardo com ansiedade as reformas pluricognicivas dos currículos acadêmicos que já se iniciam no sul de nosso país, pois oferecer recursos didáticos aos professores é o início de uma real reforma didática na educação.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Mais nota zero na universidade

Elypaschoalick comenta sobre a repercussão que teve seu artigo “As universidades também têm nota zero”.
Recebi vários comentários sobre a matéria editada na coluna UIPI- nota dez/zero. A maioria testemunhando descalabros educacionais vividos nos muros das universidades.
Vou transcrever e comentar um que recebi de uma pessoa, que hoje adulta, é uma destacada escritora:
“A história relatada no artigo “As universidades também têm nota zero” me remeteu a dois episódios muito interessantes na minha vida.
O primeiro, eu era aluna do 2º colegial em uma escola particular aqui em Uberlândia e estava em semana de provas.

Assim que terminei as avaliações daquela manhã, acompanhada por um grupo de colegas, me dirigi ao pátio da escola e ao encontrar o professor de redação, o qual havia aplicado sua prova no dia anterior, perguntamos se ele já tinha um panorama das notas.

Então, ele se dirigiu a mim, com desdém e ironia, e perguntou: "Por que você quer saber? Você não saber escrever, suas redações são uma bosta!" (infelizmente, o linguajar usado foi exatamente esse!!!). Isso, na frente de vários colegas meus.
O segundo, foi em 1993, logo que passei no vestibular para Educação Física (o qual fui classificada em 6º lugar), na Universidade Federal de Uberlândia. Havia acabado de concluir o ensino médio e passara de primeira no vestibular.

Estava cheia de sonhos e expectativas, quando deparei-me com um poço de arrogância que se apresentava como nosso professor de Metodologia Científica.

Ele resumia o processo de avaliação da disciplina em dois caminhos: ou o aluno apresentava um projeto de pesquisa ou faria uma avaliação sobre todo o conteúdo teórico, no valor de 100 pontos.

Durante o semestre, ele solicitava que levássemos a aula as partes já escritas do projeto para leitura ao grupo e eventuais correções.

O tema era livre e, segundo ele, o que importava era a parte metodológica. Pois bem, por duas vezes durante esse processo de leitura dos trabalhos, ele se dirigiu a mim da seguinte forma:

"Seu trabalho está uma porcaria! Você não sabe escrever! Como é que você conseguiu passar no Vestibular, hein?".

Antes que houvesse uma terceira "humilhação pública", decidi procurá-lo em sua sala, no horário de atendimento ao aluno, para saber porque o meu trabalho era tão ruim e para minha surpresa a resposta foi a seguinte:

"Eu não tenho nenhum conhecimento sobre o assunto que você está tratando, por isso não sei se é ruim ou não. Simplesmente acho que seu trabalho é uma porcaria e você deveria abandonar a idéia de entregá-lo e fazer a minha prova valendo 100 pontos".

Então, eu respondi que não e fui em busca de outros professores que pudessem me orientar na estruturação do trabalho e na data marcada o entreguei.

Ele recebeu o trabalho em um dia e no seguinte viajou; então, não teríamos como pedir vista de notas e etc. Como resultado, ele me deu a nota mais baixa da turma.
Em ambos os casos, talvez uma outra pessoa tivesse sim absorvido negativamente esses insultos e criado um bloqueio imenso para escrever; mas, no meu caso não.

Tive excelentes professoras de português e redação, como a Prof.ª Ângela (Colégio Nossa Senhora), a Prof.ª Olga Helena (Anglo), a Prof.ª Carmem (Anglo), a Prof.ª Carmem (Nacional), a Prof.ª Ileide (Nacional), a Prof.ª Ione (Objetivo), a Prof.ª Lila (UFU) que não só corrigiram minhas falhas, como aprimoraram o meu gosto pela escrita e me incentivaram a colocar no papel as minhas idéias.

A todas essas professoras NOTA 1000, eu manifesto meu mais profundo respeito, carinho, admiração e saudades.
Hoje, como escritora, certamente não terei meus textos aceitos com unanimidade, pois cada um tem sua própria opinião, às vezes concordando, às vezes discordando; mas, sou muito feliz por escrever e ver que muitos simpatizam com minhas idéias e se manifestam positiva e carinhosamente à respeito”.
 Foi muito bom ter recebido este testemunho pois ele demonstra que professores realmente são formadores de nossa auto-estima.

Quando temos menos de 12 anos os comentários que ouvimos de nossos professores atuam de uma maneira mais forte e decisiva sobre nossa auto-estima.
Em qualquer outra idade de nossa vida os comentários feitos por pais, professores, maridos e outras pessoas afetivamente ligadas a nós reforçam o que pensamos sobre nós mesmos.
Este fenômeno acontece porque ao nos colocarmos como alunos frente ao mestre, aflora em nosso psique a criança que está dentro de nós.
Quando minha leitora escreve que apesar dos maus estímulos recebidos não deixou de escrever, com certeza, ela recebeu bons estímulos por ocasião de suas primeiras tentativas de expressar suas idéias e estes estímulos construíram uma base positiva e sólida para que ela, ao receber estímulos negativos, fosse capaz de superá-los e se sentir mais desafiada a ser melhor. 
NOTA ZERO a professor que usa palavras de baixo calão (fala nome feio a alunos).
NOTA ZERO a professor que oferece julgamento subjetivo aos trabalhos e produções dos alunos.
NOTA ZERO a professor que confunde “ser com fazer” e nesta confusão avalia seu aluno dizendo-lhe que ele é ruim quando deveria dizer que o trabalho do aluno está necessitando este ou aquele ajuste, esta ou aquela mudança.
NOTA DEZ aos professores da cidade de Uberlândia – MG- citados por esta leitora: Prof.ª Ângela (Colégio Nossa Senhora), a Prof.ª Olga Helena (Anglo), a Prof.ª Carmem (Anglo), a Prof.ª Carmem (Nacional), a Prof.ª Ileide (Nacional), a Prof.ª Ione (Objetivo), a Prof.ª Lila (UFU)
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domingo, 13 de fevereiro de 2011

Ameaçando reprovação e nota dez só para Deus.

Este artigo foi publicado no portal UIPI - coluna Professor nota dez/zero

Hoje quero dar nota zero a todo professor que em seu discurso de primeiro dia de aula já ameaçou os alunos de serem reprovados e já afirmou que prestassem muita atenção em tudo que ele falasse, pois costuma dar muitos zeros e dez só para Deus.
Como pode ter a pretensão de ser professor de Deus e ainda por cima submetê-Lo a uma prova?
Oras professor, no lugar de estar anunciando que vai colocar Deus à prova, deveria estar é preocupado do como vai prestar contas a Deus por centenas de cérebros que o senhor auxilia a desperdiçar nos bancos escolares.
Deveria também professor, estar preocupado como será que o senhor deve fazer com CADA UM de seus alunos para que eles consigam assimilar 100% do que o senhor se propõe a transmitir-lhes. Ou será que o senhor apenas planeja transmitir um pouquinho do mínimo necessário?


Lembro-me que há certos professores que gostam de ameaçar principalmente aqueles alunos repetentes. 

Estava eu escolhendo entre as inúmeras denúncias que tenho recebido, qual seria o assunto do NOTA ZERO  desta semana, quando recebo um telefonema de uma mãe desesperada porque seu filho, aluno repetente da rede estadual, não quer mais ir à escola uma vez que sua professora de matemática garantiu, ontem na primeira aula do ano, que ninguém com ela tira dez e que é muito difícil um repetente passar de ano.

NOTA ZERO para professores que ameaçam, uma vez que isto chega a ter até um certo requinte de maldade e sadismo.  

NOTA ZERO para a prática da ameaça e descrença.

NOTA ZERO para o desafio inatingível.

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segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

As universidades também têm nota zero

Outro dia escrevi um artigo sobre o ENEM recordando que quando criança ganhara um concurso literário com uma poesia composta de duas linhas e quatorze palavras.
Este fato estimulou uma leitora a enviar-me um e-mail relatando uma experiência sua com uma professora nota zero na Universidade Federal de Uberlândia – UFU –
Conta-me, a leitora, que uma determinada professora solicitou, para fins avaliativos, que cada aluno individualmente apresentasse cenicamente uma poesia para os colegas.   
Chegando sua vez, a aluna teatralizou um poema de Carlos Drumond de Andrade composto de três linhas e oito palavras, incluindo-se entre elas dois artigos definidos e uma conjunção:

COTA ZERO
STOP
A VIDA PAROU...
OU FOI O AUTOMÓVEL?
A professora raivosa, tomou a atitude como uma afronta pessoal e “aos gritos” deu o prazo de 7 dias para a aluna apresentar outro texto.
Talvez para ela Drumond não era poeta...ou “Cota Zero” não era peça literária...ou na verdade ela desejaria era que os alunos memorizassem infindáveis estribilhos...
Não sei o motivo, todos acima são conjunturas, pois a mim eles não foram relatados. Apenas a aluna contou que a professora marcou dia e hora para a última chance da universitária.
Chegada a hora da derradeira audição a aluna repetiu Drumond e a professora reage de uma forma inusitada:
“Ela me agarrou pelos braços e foi me arrastando pelo corredor da faculdade dizendo que me levaria para a coordenadora do curso pelo afronto à pessoa dela.
Até que eu caí na real e dei-lhe um solavanco dizendo para ela sim, me respeitar e respeitar o que Drumond escreveu. Disse-lhe também que eu não poderia pagar pelo que Drumond escrevera. Que ela, como professora, poderia me avaliar com nota baixa, mas jamais dizer que não cumpri o proposto ou que não obedecera o critério imposto uma vez que o mesmo fora o de teatralizar um poema”.
Os argumentos da universitária serviram apenas para livrá-la da sala da coordenação, pois ao ter sua nota publicada verificou que recebera um zero. Como tal nota não prejudicava a aprovação da aluna no curso, esta resolveu deixar para lá.  

No entanto hoje aqui nesta coluna registramos a nota zero a esta professora universitária.
NOTA ZERO por ser uma professora que não definiu previamente os critérios de exigências na apresentação de um trabalho.
NOTA ZERO por ter usado de sua força autoritária sobre a aluna.
NOTA ZERO por ter levado uma relação profissional para o pessoal-emotivo.
NOTA ZERO por desprezar a criatividade da aluna e de Drumond.
Você consegue imaginar um diálogo entre esta professora NOTA ZERO e Drumond?
Imagine-a sentada neste banco ao lado do poetinha que quebrou paradigmas.



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sábado, 22 de janeiro de 2011

Nota zero para professores que estimulam competições meninos x meninas.


Elypaschoalick alerta os professores sobre o antigo e preconceituoso hábito de promover competições entre meninOs e meninAs nas salas de aula.

Ao passar pela porta da sala de aula de nossa professora nota zero observamos um certo “barulho organizado”.

Suas aulas são sempre movimentadas! 

Um grupo de alunos fica sempre muito motivado, participativo e extremamente excitado.

Mas, então? Por que NOTA ZERO?

É que o motivador desta professora, da primeira fase do ensino fundamental, é sempre uma competição entre os meninos e as meninas.

A competição é a pequena guerra que prepara o espírito humano para a grande guerra.

Assim como toda guerra é destrutiva, a competição também destrói.

Destrói o espírito de solidariedade, de união, de contribuição.

Depois quando estes meninos crescem é necessário ter leis como a “Maria da Penha” para ensinar a reciprocidade de obrigações e interesses.

Lembro-me da fala, em uma reunião de pais, da consultora e artista plástica Inês Vieira: 

“As mães ficam bravas e repreendem quando seus meninos pequenos brincam com bonecas. Depois querem que como num passe de mágica, ao crescerem, se tornem pais e esposos carinhosos que compartilham as tarefas domésticas e trocam as fraldas dos bebês”.

É a lei da semeadura.

Tudo é um processo e o que se planta é o que se colhe.

Como se não bastasse implantar o machismo ou o feminismo num mundo que cada vez mais necessita da dependência mútua entre homens e mulheres, a competição também estimula a vaidade, o orgulho, a inveja, a inferioridade e outras características não bem aceitas no caráter humano.


NOTA ZERO para todos os professores que estimulam meninas contra meninos.

NOTA ZERO para professores que estimulam o espírito competitivo de seus alunos.

NOTA ZERO para professores que estimulam o machismo.

NOTA ZERO para professores que educam pelo modelo da dominação.


DICA DOS 4 P’S DA EDUCAÇÃO:
1-     
     1- Quando você for propor alguma competição em sua escola verifique se não está instigando o bullying, ou mesmo fazendo pessoas muito diferentes competirem entre si de maneira a constranger um ou mais dos competidores.

2-      2- Professores leiam o livro: O Poder da Parceria de Riane Eisler da editora Palas Athena. São apenas 254 páginas que podem mudar sua visão educacional. 



 
“É possível construir um mundo melhor onde as pessoas mostram respeito umas pelas outras, abrem espaço para diferenças e tomam cuidado com o que necessita de atenção”. Riane Eisler

Artigo publicado na coluna uipi: http://www.uipi.com.br/professor-nota-10zero

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